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terça-feira, 20 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

As diferentes interpretações sobre o significado do direito à educação

A educação é compreendida como um dos Direitos Humanos, pois atua no âmbito da garantia da dignidade do ser humano, sendo uma das ferramentas para o desenvolvimento de seus talentos. A escolarização faz com que a as pessoas possam ter acesso aos bens culturais acumulados durante o tempo, bem como o exercício da sua cidadania.

O direito à educação, como um direito fundamental, foi conquistado por meio de muito esforço e luta da sociedade e é papel também dos gestores escolares viabilizar esse direito, não somente do acesso à educação, mas a um ensino de qualidade.

O acesso à educação, primeiramente, não deve ser visto como um privilégio de uma minoria elitizada, mas algo que esteja ao alcance de todos. Tão importante quanto acessar, é permanecer nos sistemas educacionais e por isso se torna tão vital ações de incentivo que garantam a permanência dos alunos nas escolas.

Além disso, a educação como um direito básico e fundamental para ser exercida com qualidade deve ser pública e gratuita, com infraestrutura adequada, inclusiva e, principalmente, contar com professores de alto nível, capacitados, especializados e bem remunerados.

O direito à educação é um consenso mundial, reconhecida como de suma importância para o desenvolvimento de qualquer nação, e aquelas que já reconheceram essa questão, colhem os resultados em seus indicadores econômicos e sociais. O Brasil está superando a questão do acesso à educação, garantido vagas para todos que se interessem da educação básica ao ensino técnico ou universitário. O desafio agora é a qualidade do ensino, para garantir o desenvolvimento sustentável da nação.

O direito à educação apoiada na teoria do capital humano “a educação é vista como a aquisição de conhecimentos, de competências e de qualificações voltados prioritariamente para o atendimento às necessidades do mercado, revelando um pragmatismo tecnicista”, apresentando claro viés neoliberal, no qual os objetivos da educação são definidos pelas exigências econômicas.

Na teoria crítica ou da cidadania plena, o direito à educação “privilegia o conjunto das dimensões nele implicadas: as dimensões ética, cultural e política, além da dimensão econômica, tendo sempre presentes os problemas sociais existentes”, sendo que o objetivo é a construção de uma sociedade efetivamente democrática. Todavia, “esse direito só estará efetivamente sendo vivenciado na medida em que os processos de ensino e aprendizagem se pautarem pela qualidade da educação socialmente referenciada”, ou seja, uma educação que verdadeiramente atenda às necessidades da população, das comunidades nas quais as unidades educacionais estejam inseridas.


Nesse contexto, insere-se a gestão democrática, onde todos – estudantes, professores, funcionários e familiares são convidados a fazer parte das decisões que norteiam o funcionamento da estrutura educativa. A gestão pode assim, contribuir para um processo de escolarização de qualidade onde seja possível vivenciar a democracia. 

domingo, 7 de julho de 2013

Fichamento do texto "Gestão de tecnologias na escola"

Universidade de Brasília - UnB
Faculdade de Educação – FE
Especialização em Gestão Escolar
Aluna: Blenda Cavalcante de Oliveira

ALMEIDA, M. Gestão de tecnologias na escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos, outros rumos” - Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.


 “As tecnologias de informação e comunicação foram inicialmente introduzidas na educação para informatizar as atividades administrativas” (...) “Posteriormente, as TIC começaram a adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração às atividades de sala de aula” (pag. 1).

“(...) o uso das tecnologias de informação e comunicação - TIC na escola, principalmente com o acesso à Internet (2), contribui para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação” (pag. 1).

“Não se pode esperar que as TIC funcionem como catalisadores dessa mudança, uma vez que não basta o rápido acesso a informações atualizadas continuamente, nem a simples adoção de novos métodos e estratégias de ensino ou de gestão” (pag. 2).

“Há que se empregar nas ações de hoje todos os recursos disponíveis, inclusive as TIC, tendo em vista a criação de comunidades colaborativas, que propiciem a criação de suas próprias redes de conhecimentos, cuja trama ajuda a construir uma sociedade solidária e mais humanitária” (pag. 2).

“(...) qualidade da interação, quer presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do educador” (pag. 2).

“Várias atividades de formação de educadores para o uso pedagógico das TIC têm se desenvolvido na modalidade de formação em serviço contextualizada na realidade da escola e na prática pedagógica do professor, o que constitui um avanço. Mesmo assim, outras dificuldades se fazem presentes, as quais se relacionam tanto com a ausência de condições físicas, materiais e técnicas adequadas, quanto com a postura dos dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica” (pag. 4).

“A superação da dicotomia entre o pedagógico e o técnico-administrativo, instalada na cultura escolar, encontra eco em concepções educacionais que enfatizam o trabalho em equipe, a gestão de lideranças e a concepção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola, tendo em vista a escola como organização viva que aprende empregando todos os recursos disponíveis, entre os quais as TIC” (pag. 4).

“(...) o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar, cujo apoio e compromisso para com as mudanças envolvidas nesse processo não se limitam ao âmbito estritamente pedagógico da sala de aula” (pag. 4).

“Ao atingir esse patamar, nova tomada de consciência leva à percepção de que o papel do gestor não é apenas o de prover condições para o uso efetivo das TIC em sala de aula, e sim que a gestão das TIC na escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e informacional” (pag. 4).

“Desta forma, a incorporação das TIC na escola e na prática pedagógica não mais se limita à formação dos professores, mas se volta também para a preparação de dirigentes escolares e seus colaboradores, propiciando-lhes o domínio das TIC para que possam auxiliar na gestão escolar e, simultaneamente, provocar a tomada de consciência sobre as contribuições dessa tecnologia ao processo de ensino e aprendizagem” (pag. 4).

“O uso das TIC na gestão escolar permite: registrar e atualizar instantaneamente a sua documentação; criar um sistema de acompanhamento e participação da comunidade interna e externa à escola por meio de ambientes virtuais; definir metodologias de avaliação adequadas e compatíveis com critérios democráticos e participativos; trocar informações e experiências com a comunidade, identificando talentos e potencialidades que possam contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade; discutir e tomar decisões compartilhadas” (pag. 7).



Conclusões

A tecnologia por si só não revoluciona a educação. De nada adianta salas de aula modernas, equipamentos avançados, se os métodos de ensino permanecem os mesmos, os professores utilizam a mesma metodologia e a educação apresenta os mesmos objetivos.

Inserir a tecnologia na educação é mais do que substituir o quadro de giz por um quadro eletrônico e livros didáticos por tabletes com acesso a Internet. Significa dar outro significado a educação, como busca do conhecimento. O objetivo deve ser transformar a escola em um local prazeroso onde os estudantes aprendam a aprender, entendam como funciona a construção do conhecimento, o método científico, participam de ambientes e atividades que incentivam a colaboração e o compartilhamento de ideias, e onde os professores sejam guias do aprendizado, orientando e auxiliando na condução desse processo. Para isso é preciso ter professores mais bem preparados, capacitados e remunerados de acordo com as exigências e desafios apresentados. As escolas devem possuir infraestrutura correta, metodologias e pensamentos pedagógicos avançados e que estejam em consonância com a nova sociedade do conhecimento.

Tudo isso também somente será possível com o comprometimento da gestão escolar em promover mudanças e envolver não somente os professores, mas como todo o corpo administrativo de funcionários, para que as mudanças sejam efetivas e em todos os níveis e não restritas apenas às salas de aula.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fichamento do texto "Funções e Papéis da Tecnologia"

Universidade de Brasília - UnB
Faculdade de Educação – FE
Especialização em Gestão Escolar
Aluna: Blenda Cavalcante de Oliveira

VIEIRA, A. Funções e Papéis da Tecnologia. São Paulo, PUC-SP, 2004.

O autor propõe uma reflexão sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na escola, buscando a melhoria do processo de gestão escolar, por meio de informações coletadas e processadas dentro da própria instituição. O autor analisa que tipo de dados devem ser coletados, quem serão os responsáveis e como estruturá-los por meio das novas tecnologias. A tecnologia existe para auxiliar o processo, porém, é preciso saber usá-la.

 “Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar no trabalho pedagógico com o aluno (...)”.

“Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia, transpondo-os para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no cotidiano da sala de aula”.

“Como a tecnologia pode ser um grande aliado da equipe de direção e coordenação da escola”.
“Para que dados transformem-se em informações, é preciso que se acrescente significado”.

“Entre as formas importantes de fazer esse salto de dado para informação, podemos mencionar”:
- Contextualização
- Categorização
- Cálculo
- Correção
- Condensação

“Computadores podem ser grandes aliados dos gestores na transformação de dados em informações. No entanto, raramente podem ajudá-los no que se refere ao contexto que permite dar um sentido aos dados”.

“Para produzir conhecimento é necessário que haja mente(s) que trabalhe(m). Além de incorporar experiências, valores, informações contextualizadas, insights, conhecimentos pressupõe que o conhecimento proporcione uma estrutura capaz de avaliar e incorporar novas experiências e informações”.

“Enfim, conhecimentos derivam de informações, da mesma maneira que informações derivam de dados”.

“Transformar informação em conhecimento”:
- Comparação
- Consequências
- Conexões
- Conversação

“Contudo, existe outra possibilidade para a obtenção de conhecimento aplicado nas organizações escolares, que é o estudo e a análise de suas rotinas”.

“Então, se pretendemos ter um ambiente com tecnologia em que o conhecimento possa fluir constantemente, temos que criar condições para que um determinado conhecimento possa ser acessado”.

“A criação de ambientes informatizados na organização para apoio à gestão do conhecimento deverá considerar os processos pelos quais são feitas as trocas de informação e a cultura de colaboração existente. Organizações internamente muito competitivas ou que apresentem um elevado grau de isolamento entre os funcionários, terão mais dificuldade de criar um ambiente de troca”.

“A prática de trabalho dos professores, geralmente isolada nas salas de aula, dificulta sobremaneira a criação de uma cultura de colaboração. Por isso, há necessidade do gestor planejar a existência de momentos de troca de experiências entre professores e funcionários”.

“Além do problema da cultura organizacional existente e dos objetivos sobre a gestão das tecnologias de informação (TI) de uma escola, é importante que se tenha uma visão mais estruturada sobre os ingredientes-chave para implementação eficaz de sistemas nas escolas”.

“Conforme foi analisado anteriormente, a produção de uma informação, a partir de dados, envolve uma clara intenção daquele que produz a informação. Quando um sistema é implementado em culturas organizacionais previamente estabelecidas, a forma pela qual as informações são organizadas e produzidas interage com a cultura já existente, criando situações que resultam em sintonia e reforço ou em dissonância e oposição. Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre os objetivos pretendidos pela organização”.

Considerações


Os computadores e outros equipamentos que fazem parte das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação NTICs são ferramentas, mas cabe aos gestores fazer bom uso desses instrumentos. As escolas são ambientes ricos em dados e esses dados podem auxiliar os gestores nas tomadas de decisão, mas para isso os dados precisam ser transformados em informações relevantes. É importante que os gestores saibam como utilizar NTICs que, sendo ferramentas de alto desempenho, podem facilitar o desenvolvimento de análises e informações. Essas informações podem ainda ser disseminadas por meio de meios de comunicação, discutidas por meio de emails, Wikis e fóruns, por exemplo, tornando o processo mais participativo e a comunicação mais efetiva.